O Governo Lula quer desapropriar terras com foco de incêndios criminoso

O Governo Lula quer desapropriar terras com foco de incêndios criminoso. O governo federal, sob a liderança de Marina Silva, estuda confiscar terras de autores de queimadas criminosas, inspirando-se em leis contra o trabalho escravo. Mesmo com queda no desmatamento, incêndios aumentam, devastando a Amazônia. O fogo, antigo inimigo da floresta, desafia as autoridades, mas a resposta será dura e determinada, promete a ministra.

MEIO AMBIENTE

Grupo Virtual Letras

9/17/20243 min read

Governo quer tomar terras por incêndios criminosos.

O fogo, bicho sem dono, corre solto nas matas e terras, consumindo o que encontra pelo caminho, como se fosse vida que se alimenta da própria destruição. No rastro de cinzas, vem a pergunta antiga, mas renovada: quem o solta? E, diante do crime, o governo se move. Marina Silva, guardiã da palavra e do verde, lançou ao vento a ideia que corta como lâmina: confiscar a terra dos que atiçam o fogo com mãos criminosas. Os que queimam o futuro por ganância podem perder o chão que pensam ser deles. Não há prazos, apenas a firmeza de um passo dado em solo de leis. O endurecimento é palavra de ordem, porque o tempo de cinzas é curto, e o verde, longo. Trinta e dois inquéritos já se abrem, e o fogo dança não só pela Amazônia, mas pelo Pantanal, pelo Centro-Oeste, por todo o Brasil que arde. O incêndio tem rosto, e ele precisa ser conhecido, antes que a terra seja só lembrança.

"Quem risca o fósforo contra a mata, contra a vida, haverá de responder pelo crime", disse Marina Silva, com a firmeza de quem conhece as nuances da terra e do fogo. O governo, em sua longa lida, desenha os meios para que as mãos que queimam percam o direito ao chão. A ideia de confiscar terras, à luz do estatuto que pune o trabalho escravo, ganha força como quem toma fôlego antes de saltar um rio.

A ministra, contudo, também trouxe um fio de esperança: uma queda de 60% no desmatamento entre este ano e o anterior. Mas o perigo persiste, como cobra que se esconde na sombra. Os incêndios, alimentados pela própria seca e pela ganância, se espalham sem depender do machado. "A floresta vai perdendo o ânimo. Depois do fogo, o capim toma conta, o gado vem, e aí começa a pressão pela regularização fundiária", explicou. A terra, que antes era floresta, vira palco de ambição criminosa.

O horizonte, porém, não é limpo. Até que as chuvas voltem, entre outubro e novembro, a situação seguirá complicada, avisou a ministra. Em agosto, os olhos dos satélites captaram mais de 38 mil focos de incêndio na Amazônia, recorde desde 2010. O fogo, que parece dançar ao ritmo de um velho lamento, dobrou sua presença em relação ao ano anterior, como se desafiasse quem busca domá-lo.

O fogo, no seu rastro de destruição, não escolhe vítimas, mas deixa marcas. Para Marina Silva, o combate a esses crimes é uma corrida contra o tempo e contra a persistente astúcia dos que veem na terra apenas lucro. No entanto, como a ministra ressaltou, a resposta será firme. As queimadas, que tentam transformar a floresta em pasto e ganho fácil, encontrarão barreiras em leis mais duras e na vigilância constante.

A floresta, esse organismo vivo e antigo, resiste, mas há uma exaustão em cada árvore tombada. Entre outubro e novembro, quando a chuva finalmente trouxer seu alento, o balanço será feito. E o governo, no fio da navalha entre a ação e a espera, pretende seguir estancando a ferida que ameaça a Amazônia e o Pantanal. Confiscar terras, endurecer penas — são passos que ecoam no chão da floresta como um aviso aos que ousam queimá-la.

"Não deixaremos a floresta ser engolida pelo fogo sem luta", disse Marina. O caminho é longo, tortuoso, mas a ministra sabe que cada foco extinto, cada terra retomada, é uma vitória que fortalece o verde. O desafio não é pequeno, mas a floresta, que carrega em si a memória de tempos imemoriais, segue viva, e sua defesa agora é mais urgente do que nunca. Na dança entre fogo e floresta, o que está em jogo é o futuro.

Fonte: euqueroinvestir

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