Lula sofre acidente no alvorada: a queda que pausa, mas não para

Lula sofre acidente no alvorada: a queda que pausa, mas não para, surpreendido por uma queda no Alvorada, viu sua jornada brevemente interrompida. Um corte na cabeça, tratado com cuidado, adiou sua viagem à Rússia. Sob a vigilância médica, o presidente repousa, mas logo volta ao trabalho, porque a vida, como a política, não aceita pausa por muito tempo.

POLÍTICANA MÍDIA

Grupo Virtual Letras

10/20/20244 min read

Após acidente doméstico, Lula adia viagem e retoma forças, mas mantém o ritmo

O chefe do Executivo, como qualquer homem, tropeça no fio invisível das circunstâncias e se vê, de súbito, às voltas com a fragilidade. A queda de Lula, no sábado, no silêncio íntimo do Palácio da Alvorada, poderia ser apenas mais um acidente doméstico. Mas quando o presidente de uma nação tomba, a história toma nota. O golpe foi seco, a cabeça resvalou contra o chão liso do banheiro, e o corpo que já carrega os fardos do tempo sentiu o peso acrescido do imprevisto.

De imediato, os sinais de alerta se acenderam. Dr. Roberto Kalil Filho, o médico que guarda há tempos a saúde de Lula, foi chamado ao Hospital Sírio-Libanês de Brasília. Ali, sob os olhos atentos da equipe médica, o presidente passou por exames minuciosos, tomografias, ressonâncias, e o veredicto veio: um corte profundo, alguns pontos, e um sangramento controlado na cabeça, mas a vida segue.

Com serenidade, Kalil confirmou: não houve perda de consciência, o cérebro de Lula não se apagou, ainda que a recomendação fosse clara – repouso e distância de longas viagens, pelo menos por ora. A Rússia que o esperasse. O líder, de coração teimoso e mente obstinada, por enquanto permanece. E o país, ainda que momentaneamente sem seu capitão em campo, respira aliviado. Está tudo bem com o presidente.

O céu de Brasília amanheceu carregado de compromissos internacionais. Lula, no entanto, não seguiria para os ares. O destino que o aguardava em Kazan, para a Cúpula dos Brics, agora terá que se contentar com sua presença à distância, mediada pelas redes invisíveis da videoconferência. Um corte no occipital, tão inesperado quanto inoportuno, alterou o curso dos próximos dias do presidente. Não era apenas um ferimento físico, mas uma pausa forçada em sua agenda de estadista, que, como o mundo, não para.

O Hospital Sírio-Libanês, palco silencioso de exames e cuidados, trouxe à luz a fragilidade daquele que, por tantas vezes, enfrentou embates maiores que um tropeço no banheiro. As orientações médicas foram claras: viagens longas, como as que o levariam à Rússia, estavam fora de questão. O impacto do traumatismo craniano exigia prudência. Não se brinca com a cabeça, mesmo quando se carrega nela o peso de uma nação.

Kalil, o guardião da saúde presidencial, mais uma vez guiou a decisão, e Lula, acostumado a resistir, aceitou. A cúpula de líderes o verá de outra maneira, distante, mas ainda presente, como sempre esteve. E enquanto a comitiva brasileira já respira o ar frio de Kazan, o Alvorada se prepara para recebê-lo de volta ao trabalho, onde o chefe do Executivo retoma sua jornada, com a calma de quem sabe que o tempo, por mais breve que seja, também cura.

A saúde de um presidente é sempre um capítulo à parte na narrativa de seu governo. E, como um herói moderno, Lula enfrenta mais um episódio em que o corpo pede trégua, mas o espírito político continua a marchar. O boletim divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês traduz o acidente em termos clínicos e frios, mas há calor humano nas entrelinhas. Um “ferimento corto-contuso na região occipital” soa técnico, quase distante, mas lembra a todos que até os grandes precisam de cuidados. O presidente, ferido, mas lúcido, seguiu as recomendações de seus médicos e cancelou a viagem, cedendo à necessidade de repouso.

Dr. Kalil, sempre ao seu lado, falou com a calma de quem conhece bem o paciente. Lula está bem, assegura o médico, mas o cuidado continua. A lesão, embora controlada, exige atenção. E assim, o presidente que já superou tantos desafios, agora se recolhe por um instante, não por fraqueza, mas por prudência. As rodas da política continuam a girar, ainda que seu condutor tenha dado uma breve pausa.

Com a agenda alterada, o que resta ao país é a certeza de que o chefe do Executivo voltará em breve. As atribulações de um líder não se medem apenas em crises externas, mas também nas batalhas internas, aquelas que, como esta queda, pedem um respiro antes de seguir adiante. No Palácio do Planalto, o ritmo diminui, mas não para. Lula retorna, sem pressa, mas também sem demora.

A queda no Alvorada, apesar de alarmante, não foi mais que um lembrete sutil da finitude humana que habita até os maiores. Lula, que já enfrentou tantos golpes do destino e da política, agora lida com o mais íntimo dos imprevistos: o corpo que tropeça. Mas a queda não o define. Se algo ficou claro no desenrolar dos fatos, é que o presidente está em boas mãos e em bom espírito, guiado por sua força costumeira e pela confiança nos cuidados médicos.

A Rússia que o esperava compreenderá sua ausência física, e a cúpula dos Brics verá a presença de Lula através de telas, porque a distância, na era moderna, nunca foi tão curta. Enquanto isso, o Palácio do Planalto aguarda o retorno de seu líder, que, com o andar de quem já aprendeu a esperar o tempo certo das coisas, se reergue, uma vez mais.

O Brasil, sempre apressado, desacelera por um breve momento com seu presidente. Mas não é na parada que reside a força, e sim no movimento constante que se segue a cada pausa. Lula, mesmo quando repousa, já pensa no próximo passo. A política, afinal, é o terreno das quedas e reerguimentos. E o homem que já desceu ao fundo tantas vezes sabe que, após cada tropeço, o importante não é só levantar-se, mas continuar o caminho com a mesma obstinação de sempre. O país o espera, como sempre o fez: com esperança e a certeza de que ele continuará.

Fonte: cnnbrasil.com.br

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