Cristianismo no brasil: Entre sinos e rezas o cristão que habita a alma cultural do brasil
Cristianismo no Brasil: O cristianismo foi oficialmente reconhecido como manifestação cultural do brasil pela lei 14.96/9, de 2024. A nova legislação destaca a influência crista na formação cultural do país, sem limitar a liberdade religiosa. As expressões artísticas cristãs presentes desde a colonização, agora integram oficialmente o patrimônio cultural, celebrando a pluralidade e a identidade brasileira.
NA MÍDIA
Fé Sobre o Cristianismo no Brasil.
O cristianismo, antes apenas uma presença silenciosa nas esquinas da história do Brasil, agora ganha seu espaço oficial como manifestação cultural. Com a sanção da Lei 14.969, de 2024, nesta segunda-feira (16/09/2024), o Diário Oficial da União registrou aquilo que já vivia nos detalhes: a influência cristã na arte, na música, na arquitetura e no jeito brasileiro de ser. O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu o aval que consagra o que há séculos se molda entre sermões e procissões.
Relatada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), a lei destaca que desde os primeiros colonizadores, o cristianismo tem permeado a cultura nacional. Está na fé, sim, mas também nos sinos das igrejas, nas festas populares e até nas palavras que, quase sem percebermos, se infiltram em nossa língua. Agora, com o peso da oficialidade, as expressões artísticas ligadas ao cristianismo passam a ser reconhecidas como parte integrante da identidade cultural brasileira. Como quem redescobre algo que sempre esteve lá, o Brasil assina seu nome no livro das influências que formaram sua alma.
Ao longo da colonização, o cristianismo foi tecendo suas linhas na tapeçaria cultural do Brasil, enraizando-se nos gestos cotidianos, nas celebrações e nas expressões artísticas que, com o tempo, adquiriram um toque singularmente brasileiro. O senador Esperidião Amin, ao destacar essa influência, lembrou que as igrejas, os santos e as festividades foram se misturando ao caldo cultural do país, criando algo único.
No entanto, essa oficialização de uma história antiga vem acompanhada de garantias. O senador Magno Malta (PL-ES) apresentou uma emenda essencial: o reconhecimento das expressões cristãs como manifestações culturais não deverá, de modo algum, limitar a liberdade de culto, um direito protegido pela Constituição Federal. Assim, o cristianismo se apresenta como parte da cultura brasileira, sem apagar ou ofuscar outras crenças e práticas religiosas.
A audiência pública realizada pela Comissão de Educação, proposta pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), reforçou o apoio ao projeto. Representantes de diversas entidades religiosas, como o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), endossaram a importância da lei, que vem dar voz ao que já se manifesta na arquitetura, na música e nas celebrações populares do país. Um reflexo da fé que, mais do que ser vivida, é também sentida nos detalhes da nossa história.
O reconhecimento do cristianismo como manifestação cultural não é apenas uma formalidade jurídica, mas um gesto que ecoa na memória de um Brasil forjado por múltiplas influências. A nova lei abraça, de forma respeitosa, as expressões que ajudaram a moldar a identidade do país, sem deixar de lado o compromisso com a pluralidade e a liberdade de crença.
A cultura brasileira, vasta e colorida, agora ganha mais uma camada oficializada, mas sempre esteve presente nos detalhes sutis de nossa arquitetura, nos cantos das procissões e nas festas que, misturando fé e tradição, encantam e unem comunidades. O cristianismo, aqui, se veste de brasilidade, sem perder suas raízes, e essa singularidade é que agora se celebra.
Ao garantir que essa oficialização não interfira no exercício de outras religiões, a lei equilibra o reconhecimento histórico com a salvaguarda dos direitos constitucionais. O Brasil, terra de tantas crenças e rituais, reconhece mais um de seus traços fundadores, sem apagar ou diminuir os demais. E assim, como quem redescobre algo que sempre esteve lá, seguimos em frente, com o peso da tradição nas costas, mas o olhar aberto para o que ainda está por vir.
Fonte: conexaodenoticias.com